Fernando Haddad encontrou-se com Lula na prisão de Curutiba, no sul do Brasil. Anunciou depois que o candidato do PT não desiste de se apresentar às eleições presidenciais de outubro.
Lula da Silva pretende recorrer mais uma vez ao Comité dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) para ser registado como candidato à Presidência da República nas eleições de outubro.
O anúncio foi feito pela direção do Partido dos Trabalhadores (esquerda, oposição) que anunciou também dois recursos ao Supremo Tribunal Federal (STF), relacionadas com questões eleitorais e criminais.
O objetivo é evitar a substituição do antigo presidente brasileiro como candidato, como foi decidido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que rejeitou o pedido de candidatura na sexta-feira.
De acordo com a Agência Brasil, a decisão de recorrer à ONU e ao STF foi tomada depois de um encontro entre Lula e o antigo ministro e candidato a vice-presidente, Fernando Haddad, e a presidente nacional do PT, a senadora pelo estado do Paraná, Gleisi Hoffmann.
Fernando Haddad referiu aos jornalistas importância do apoio recebido pela ONU.
Condenado por corrupção
Lula da Silva cumpre uma pena de 12 anos e 1 mês de prisão numa prisão de Curitiba (sul) depois de ter sido condenado, em julho de 2017, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Tribunal Superior Eleitoral deu ao Partido dos Trabalhadores até dia 12 de setembro para que fosse encotnrado um candidato às presidenciais. Se Fernando Haddad foi definido como substituto, a verdade é que o antigo presidente da Câmara de São Paulo não goza da mesma popularidade que Lula.
Lula da Silva continua, apesar da condenação pela Justiça, como um dos líderes mais populares da maior economia da América Latina, sendo referido pelos apoiantes como o homem que tirou da miséria milhares de pessoas, entre 2003 e 2010.