Nova cooperação UE/África é positiva para Angola, diz comissário

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De  Euronews com LUSA
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Em vésperas da visita de António Costa, Carlos Moedas reagiu positivamente ao anúncio do estreitamento entre os dois continentes feito por Jean-Claude Juncker.

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O comissário europeu Carlos Moedas defendeu que a parceria que a União Europeia pretende desenvolver com África pode colocar Portugal numa posição de liderança e representa uma “boa notícia” para a visita do primeiro-ministro português António Costa a Angola.

Costa tem agendada para a próxima semana uma visita de três dias ao país, que deve marcar uma nova etapa no relacionamento entre Portugal e Angola. As relações esfriaram com o "caso Manuel Vicente", mas começaram a melhorar com a transferência do processo para Angola. As relações comerciais são um dos pontos fulcrais da visita, em que se vai discutir também o fim da dupla tributação entre Angola e Portugal, considerado essencial pelos empresários dos dois países

“São boas notícias para o primeiro-ministro e para a sua visita de posicionar Portugal não só na relação bilateral com África, mas também como líder da relação da Europa com África”, sustentou Carlos Moedas, titular da pasta da Inovação e Ciência na Comissão Europeia, em declarações aos jornalistas em Estrasburgo, sede do Parlamento Europeu, em França.

Moedas comentava o anúncio feito pelo presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, no seu discurso sobre “o Estado da União”, no Parlamento Europeu, de avançar uma nova parceria “África-Europa” que “aumente substancialmente” o investimento no continente africano e fomente o emprego e as trocas comerciais. Moedas elogiou a opção da Comissão Europeia de “passar do assistencialismo para uma parceria”, de igual para igual (nas palavras de Juncker), e prometeu “ajudar o mais possível” na área da investigação.

Além de aplaudir esta decisão de Juncker, o comissário português considerou que abre a Portugal a oportunidade de “ser líder nestes projetos”. “Portugal é um dos grandes países que tem relações com África e pode estar no centro deste projeto. Portugal tem muito a trazer para a discussão”, sublinhou.

Carlos Moedas recordou que “a China está a tomar uma posição em África” e os europeus não podem ficar fora dessa corrida: “Nós, europeus, temos que, de certa forma, entrar nessa corrida, temos que nos posicionar. Não contra a China, mas temos de nos posicionar até porque temos uma relação privilegiada com África. Não faz sentido que a China esteja a investir mais em África do que a Europa”, argumentou.

Carlos Moedas elogiou a opção da Comissão Europeia de “passar do assistencialismo para uma parceria”, de igual para igual, e prometeu “ajudar o mais possível” na área da investigação.

O comissário europeu afirmou ainda que vai iniciar projetos no âmbito dos ensaios clínicos com a África do Sul e, em breve, fará uma visita a Cabo Verde também centrada na cooperação na área da inovação.

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