O magistrado ganhou lugar vitalício no Supremo Tribunal dos Estados Unidos
"50 votos a favor. 48 contra. A nomeação de Brett M. Kavanaugh, de Maryland, para ser juiz do Supremo Tribunal de Justiça dos Estados Unidos é confirmada". Foi com estas palavras que Mike Pence, vice-presidente norte-americano, pôs fim a um dos mais polémicos processos de nomeação nos Estados Unidos.
Escolhido por Donald Trump para o cargo, Kavanaugh foi acusado publicamente por três mulheres de abusos sexuais. O magistrado negou categoricamente as acusações e a confirmação como juiz vai colocar os conservadores em maioria na mais alta instância judiciária norte-americana.
O presidente dos Estados Unidos não perdeu tempo e felicitou o Senado pela escolha. Numa mensagem publicada no Twitter, garante que vai está "muito entusiasmado" com esta nomeação.
O líder da maioria na câmara alta, o senador republicano do Kentucky, Mitch McConnell, diz que é mais do que uma vitória de Kavanaugh; "é uma vitória da presunção de inocência, um bom dia para a América e um dia importante para o Senado".
Do outro lado, o líder da minoria, exprimiu a desolação e lançou um apelo aos eleitores, que em breve são chamados às urnas para as eleições intercalares. Afirma Chuck Schumer: "só há uma resposta: votem!"
A nomeação de Kavanaugh será vitalícia. Os críticos desta escolha vêem-na como uma viragem ainda mais à direita na administração Trump. De acordo com analistas, esta nomeação pode influenciar o voto moderado e, sobretudo, o voto das mulheres nas eleições do próximo mês.