EUA sancionam Arábia Saudita pela morte do jornalista Jamal Khashoggi

Os responsáveis pela morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi não vão escapar à justiça. A promessa foi feita esta quarta-feira pelo presidente turco Recep Tayyp Erdogan, numa conferência em Ancara.
Os Estados Unidos também já decidiram revogar ou impedir que venham a ter visto, 21 sauditas envolvidos na morte do colunista.
Um caso que o Presidente Donald Trump considera um desastre.
"Eles nunca deveriam ter pensado nisso. Nunca deveria ter sido feito. Mas uma vez que pensaram nisso, tudo o mais que fizeram foi também mau. O encobrimento foi horrível. A execução foi horrível. Mas nunca deveria ter havido uma execução ou encobrimento, porque nunca deveria ter acontecido ".
Trump, que numa entrevista ao Wall Street Journal, admitiu o envolvimento do príncipe herdeiro saudita na morte de Khashoggi.
Lembrou que é o príncipe Bin Salman quem manda na Arábia Saudita, apesar de este lhe ter garantido que não sabia de nada e que tudo tinha acontecido a um nível mais baixo.
Uma desconfiança que está a afetar as relações entre os dois países, como considera o analista de risco geopolítico Giorgio Cafiero.
"Não tenho a certeza de que vá haver mudanças fundamentais das alianças norte-americanas no Médio Oriente, mas a aliança entre os Estados Unidos e os sauditas está agora tremida. No entanto, não acho que a administração Trump vá tomar quaisquer medidas que mudem de forma significativa a relação entre a Arábia Saudita e os Estados Unidos"
Critico do regime saudita, Jamal Khashoggi, de 59 anos, foi morto a dois de outubro no consulado da Arábia Saudita, em Istambul, quando foi tratar de uns papéis para casar com a namorada turca.