Erdogan: assassinato de Khashoggi foi "premeditado"

Erdogan: assassinato de Khashoggi foi "premeditado"
De  Rodrigo Barbosa
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Presidente turco diz que assassinato de jornalista dissidente Jamal Khashoggi foi "premeditado" e apela a rei saudita para deixar julgar responsáveis em Istambul, onde ocorreu o crime

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A morte do jornalista dissidente Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul tratou-se de um "assassinato premeditado". Uma afirmação do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, durante uma alocução no parlamento, em Ancara, na qual revelou detalhes da investigação turca ao desaparecimento do jornalista saudita.

Erdogan disse que "o assassinado teve lugar no consulado, que é território saudita, mas aconteceu [na Turquia] e não pode ser ocultado pela imunidade diplomática".

O presidente turco afirmou que "a administração saudita deu um passo importante ao reconhecer e admitir o homicídio e o que [a Turquia] espera agora é que todos os responsáveis, do mais alto ao mais baixo nível, sejam designados e levados perante a Justiça, para que recebam o castigo que merecem. E existem fortes indícios de que o incidente não foi o resultado de algo momentâneo, mas sim de uma operação planeada".

Entre os detalhes revelados no Parlamento, o presidente turco fez referência à chegada de uma equipa saudita à Turquia na véspera do crime, que terá inspecionado vários locais em Istambul e nos arredores para preparar o assassinato, saindo depois do país de volta à Arábia Saudita nas horas que se seguiram à execução do crime.

Erdogan apelou ao rei saudita para que as 18 pessoas detidas e questionadas pela Arábia Saudita por alegadas ligações ao assassinato no interior do consulato, finalmente reconhecido por Riade no passado sábado, sejam julgadas em Instambul, onde ocorreu o homicídio.

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