Quim Torra diz que governo espanhol é "cúmplice de perseguições políticas"

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De  Ricardo Figueira
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O governo catalão contesta a reação do governo espanhol às penas pesadas pedidas pelo Ministério Público contra independentistas catalães, que podem ir até aos 25 anos.

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Oriol Junqueras, o líder da Esquerda Republicana catalã, pode vir a ser condenado a 25 anos de prisão. Esta é a pena mais alta das pedidas pela procuradoria espanhola contra os independentistas catalães atualmente detidos. Depois de Junqueras, é a antiga presidente do parlamento catalão, Carme Forcadell, quem se arrisca a uma pena maior, 17 anos, segundo o que foi pedido pelo Ministério Público, que pediu uma pena igual para dois líderes de organizações sociais. Já os cinco antigos conselheiros do governo catalão podem vir a ter de cumprir 16 anos de prisão.

Já o órgão que representa o Governo em termos jurídicos, chamada em Espanha Advocacia Geral do Estado, pede penas mais reduzidas, por não considerar os crime de rebelião, mas apenas de sedição, uma medida que a ministra da Justiça, Carmen Calvo, justifica, dizendo que "não se trata de um gesto para com os independentistas, mas de uma conclusão que resulta do profissionalismo deste órgão, baseada nos parâmetros legais".

Para o presidente catalão Quim Torra, o governo de Madrid deveria ter-se oposto à posição do Ministério Público e está a ser cúmplice de perseguições políticas: "O presidente Sánchez decidiu não agir, o que é o mesmo que ser cúmplice da repressão e um completo desdém pelos democratas presos".

Em causa está o referendo independentista de 1 de outubro do ano passado. O ex-presidente Carles Puigdemont, exilado na Bélgica, não pode ser julgado à revelia, visto nunca ter sido detido, por isso a procuradoria não pediu pena contra ele.

Puigdemont reagiu no Twitter
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