Itália baixa défice, Bruxelas quer mais

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De  Bruno Sousa
Itália baixa défice, Bruxelas quer mais
Direitos de autor  REUTERS/Francois Lenoir

As discussões entre União Europeia e Itália tem progredido bem mas ainda há muito trabalho pela frente. Pierre Moscovici foi cauteloso na hora de abordar o progresso feito por ambas as partes na discussão do orçamento italiano para 2019.

Depois de Roma ter prometido que não cederia um milímetro, uma promessa proferida por Matteo Salvini, esta quarta-feira o governo italiano voltou atrás e apresentou uma proposta de orçamento revista, apontando a um défice público de 2,04% do PIB em vez dos 2,4% que constavam na proposta inicial.

Para Bruxelas tratou-se de um passo na direção correta, mas ainda faltam mais alguns passos de parte a parte.

O governo italiano manteve a promessa de não tocar nas pensões nem nos pagamentos da segurança social. Conseguiu baixar o défice com o adiamento do prometido rendimento de cidadania, para os cidadãos com rendimentos mais baixos, e do programa de reformas antecipadas, duas medidas que permitiram poupar qualquer coisa como 16 mil milhões de euros.

Apesar da boa vontade italiana, ainda não é certo que Bruxelas aceite a nova proposta de orçamento por se encontrar ainda distante do exigido pelas regras europeias ao nível do défice.