O antigo líder egípio, de 90 anos, compareceu num tribunal na cidade do Cairo para testemunhar contra aquele que viria a ser o seu sucessor.
Quase dois anos depois da última aparição, o ex-presidente egício Hosni Mubarak surgiu esta quarta-feira em público para comparecer no novo julgamento de Mohamed Morsi.
O líder que governou o Egito durante 30 anos até ser deposto na revolução de 2011 falou como testemunha no processo que acusa o seu sucessor, Mohammed Morsi, e líderes da Irmandade Muçulmana de ajudarem a entrar no país militantes armados do Hamas e do Hezbollah, em 2011.
Segundo o antigo líder, terão entrado cerca de 800 combatentes para espalhar o caos no Egito.
No entanto, Mubarak recusou responder a algumas questões do juiz por estarem em causa segredos de Estado e pediu autorização ao atual presidente, Abdel Fattah al-Sisi, para revelar essas informações.
O 'Faraó', como ficou conhecido, chegou também a cumprir até 2017 uma pena por apropriação de fundos públicos, sendo depois ilibado num outro caso caso que investigava a morte de 239 manifestantes durante a 'Primavera Árabe'.
O tribunal do Cairo reagendou a discussão do processo contra Mohamed Morsi para 24 de janeiro.