Espanha à espera da data das novas eleições

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Com o chumbo do orçamento e a consequente queda do governo, os espanhóis esperam o anúncio da data das novas eleições. Que futuro político para o país?

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Com a rejeição do orçamento do estado e a consequente queda do governo, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, promete anunciar esta sexta-feira, após a reunião do conselho de ministros, a data das legislativas antecipadas em Espanha.

A proposta orçamental do governo socialista foi rejeitada por 191 dos 350 deputados. Sanchez liderava um governo minoritário com apenas 84 assentos parlamentares, vários apoios, e diversos interesses, que não permitiu a coesão no momento decisivo do voto

O resultado foi um claro voto de não confiança. O líder do Partido Popular, Pablo Casado, afirmou: "Hoje, aqui no congresso dos deputados, protagonizámos uma decisão que, creio, marca um ponto de inflexão na legislatura. Marca o fim do trajeto de Pedro Sanchez à frente da presidência do governo. As cortes gerais (parlamento) já não apoiam nem sequer a lei mais importante da legislatura".

Pedro Sanchez pagou nesta votação a fatura do posicionamento sobre a independência catalã. Os separatistas que lhe deram o benefício da dúvida decidiram votar ao lado dos conservadores contra este orçamento.

Joan Tarda deputado da Esquerda republicana da Catalunha explica a mudança: "Quem sabe, o erro que cometemos foi termos sido tão transparentes - diria mesmo um tanto ingénuos - Apoiámos o governo socialista durante meses a troco de nada".

As divisões acentuaram-se no início da semana quando 12 líderes separatistas catalães foram julgados por rebelião e sedição por causa do referendo não reconhecido sobre a independência da Catalunha em 2017.

E como Sanchez decidiu aceitar sentar-se à mesa com os separatistas, viu milhares de pessoas sairem à rua em protesto, conduzidas pela direita e extrema-direita.

Pedro Sanchez tenta a, todo o custo, mobilizar e unir a esquerda, mas apesar de contar com uma opinião favorável nas sondagens terá que contar nesta eleição com um novo dado, o Vox, o partido de extrema-direita que cresce pelo país.

Para alguns analistas, toda esta amálgama política poderá ser favorável ao líder socialista, mas outros acreditam que a Espanha caminha politicamente para o desconhecido.

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