O encontro de cardeais e bispos debate formas de lidar com os escândalos sexuais revelados recentemente
Em Roma cardeais e bispos católicos prometeram mais esforço no combate à pedofilia e escândalos sexuais que mergulharam a Igreja numa crise sem precedentes.
Elementos destacados do cléro prometeram redobrar os esforços com vista a enfrentar o escândalo de abusos sexuais na Igreja Católica evitando a cobertura dos casos de pedofilia por parte das autoridades eclesiásticas.
O anúncio foi feito em Roma onde decorre o primeiro sínodo de cardeais e bispos com vista a discutir os recentes escândalos sexuais na Igreja.
"O povo santo de Deus está a observar-nos e espera não apenas uma condenação simples e legítima mas medidas concretas e eficientes", disse o Papa Francisco perante os altos dignitários.
O Sumo Pontífice convocou o encontro extraordinário na sequência de revelações recentes relativas a escândalos sexuais em França e outras partes do mundo.
"As feridas abertas por esta crise recente trazem consigo não só a memória do sofrimento de inocentes, mas também da nossa fraqueza e pecado. Todos aqueles feridos por abusos e escândalo devem ter fé neste momento", declarou o cardeal das Filipinas, Luis Tagle.
O encontro contou com a participação de investigadores que prometeram ações concretas.
"A comunidade de fé sob nossa proteção deve saber que levamos isto a sério. Devem considerar-nos como amigos da sua segurança e daquela dos seus filhos e jovens. Vamos trabalhar com eles com candura e humildade. Vamos protege-los a todo o custo. Vamos dar as nossas vidas pelas congregações que nos foram confiadas", afirmou o Arcebispo Charles Scicluna, investigador de crimes sexuais do Vaticano.
Antes do encontro, um incidente ocorrido na Polónia revelou o sentimento de raiva que os vários escândalos provocaram entre os fiéis.
Ativistas derrubaram a estátua de um padre respeitado, agora acusado de ter cometido abusos contra crianças. O simbolismo do ato evoca a ideia de como as vítimas querem ver justiça feita.