Washington pretende fazer votar resolução no Conselho de Segurança da ONU a pedir eleições presidenciais e entrada de ajuda humanitária na Venezuela, mas Rússia deverá vetar
Os Estados Unidos querem fazer votar no Conselho de Segurança da ONU uma resolução a pedir a organização de eleições presidenciais na Venezuela e a entrada da ajuda humanitária no país. Mas a Rússia, que defende o regime de Nicolás Maduro, deverá vetar o texto.
O emissário norte-americano para a Venezuela apelou "aos outros para se juntare m nas sanções ao que estiveram envolvidos na violência da última semana e que estão a recolher os espólios da corrupção do regime de Maduro". Elliot Abrams pediu "aos Estados-membros para contribuirem para a resolução da situação humanitária na Venezuela, como já fizeram dezenas de nações de forma generosa".
Mas Moscovo fala em "ingerência" por parte de Washington e apela ao respeito da "soberania".
O chefe da diplomacia venezuela denunciou, por seu lado, "uma violação" da integridade territorial do país.
Jorge Arreaza disse que "foi o último capítulo do golpe de Estado", mas "falhou". O diplomata acrescentou que o seu país "mais do que pedir, exige com todo o respeito, ao Conselho de Segurança para que concorde e assine uma resolução [a pedir] que seja recusada a ameaça do uso da força contra a República Bolivariana da Venezuela".
Cada vez mais isolado no panorama internacional e face ao número crescente de países ocidentais que apoiam o presidente da assembleia nacional e autoproclamado chefe de Estado Juan Guaidó, Maduro tem multiplicado a organização de manifestações de apoiantes no país.