Human Rights Watch denuncia abusos no Iraque e Curdistão

Human Rights Watch denuncia abusos no Iraque e Curdistão
De  Joao Duarte Ferreira
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Segundo o mais recente relatório, centenas de crianças teriam sido forçadas a confessar afiliação ao grupo terrorista Estado Islâmico

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Os governos regionais do Iraque e do Curdistão acusaram de terrorismo centenas de crianças e jovens.

Segundo um relatório publicado esta quarta-feira pela organizaçao de defesa dos direitos humanos, Human Rights Watch, a maior parte das acusações são forçadas ou foram obtidas sob coação.

Eis o testemunho de um prisioneiro de 18 anos acusado de pertencer ao grupo terrorista Estado Islâmico.

"Eles taparam-me os olhos, algemaram-me as mãos e torturaram-me com canos de plástico. Disseram, "confessa que estavas com o estado islâmico". Eu disse-lhes que não estava. Forçaram-me a confessar. Queimaram-me com pontas de cigarro. Bateram-me com cabos e paus. Torturaram-nos", disse o jovem que optou por ocultar a sua identidade.

A Human Rights Watch aponta o dedo ao sistema judicial iraquiano.

01:06 SOT Belkis Wille, Senior Iraq Researcher, Human Rights Watch:

"O que na minha opinião é muito claro é que o sistema de justiça iraquiano é incapaz de investigar e processar estas ofensas. Este sistema judicial não oferece o direito a um julgamento imparcial. Não dá o direito de participação às vítimas destes graves abusos cometidos pelo Estado Islâmico", afirma Belkis Wille, especialista no Iraque e membro da Human Rights Watch.

A Human Rights Watch estima que no final de 2018 cerca de 1 500 crianças e jovens se encontravam detidos e acusados de alegada afiliação ao Estado Islâmico.

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