Autoridades do Sri Lanka temem aumento do número de vítimas

Pelo menos 207 pessoas morreram, incluindo um português, e 450 ficaram feridas nas oito explosões ocorridas este domingo no Sri Lanka, segundo as autoridades locais.
No entanto, é esperado um aumento do número de vítimas ao longo das próximas horas, face aos cerca de 450 feridos.
Ao longo do dia, oito explosões abalaram o país. As mais recentes decorreram em Dehiwala e Dematagoda, perto da capital. Mas, durante a manhã, já outras seis explosões tinham deflagrado quase em simultâneo, em Colombo, a capital, em Negombo, mais a norte, e em Batticaloa, no leste do país.
As autoridades pedem que se aguarde pela conclusão das investigações, tendo inicialmente relacionado a autoria das duas útlimas explosões a dois fugitivos à polícia e as primeiras seis a grupos extremistas. Até ao momento, nenhum grupo reivindicou a autoria das ações, mas13 suspeitos foram já detidos. Foi ainda apreendido um veículo que terá alegadamente sido usado para transportar os suspeitos até à capital Colombo.
Como medidas de segurança, o governo declarou recolher obrigatório com efeito imediato, entre as 18h00 e as 06h00. O estado de alerta no país mantém-se e segundo a BBC terá mesmo sido encontrado já de noite um outro engenho explosivo perto do aeroporto Bandaranaike, entretanto detonado numa explosão controlada.
O acesso às redes sociais foi também vedado temporariamente no Sri Lanka, segundo o governo para evitar a propagação de notícias falsas. Simultaneamente, o Facebook já garantiu estar a trabalhar para eliminar conteúdo sobre os atentados que violem as normas da empresa.
Estima-se que entre as vítimas mortais estejam cerca de **30 pessoas de nacionalidades estrangeiras.
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Foi também já confirmada a morte de Rui Lucas, um cidadão português natural de Viseu.
Os alvos dos ataques foram um complexo de habitações, quatro hotéis e três igrejas, onde decorriam as celebrações da missa da Páscoa.
A companhia aérea Sri Lanka Airlines está a pedir a todos os passageiros que compareçam no aeroporto quatro horas antes dos voos.
Apenas quem já tinha bilhete comprado e apresente os documentos de identificação poderá viajar.
Tendo em conta o clima de tensão no Sri Lanka, o executivo português desaconselha viagens para o país.
Por todo o mundo multiplicam-se as reações de pesar e solidariedade. De António Guterres a Donald Trump, passando por Emmanuel Macron ou o Papa Francisco, a comunidade internacional uniu-se na condenação dos atentados no Sri Lanka.
(notícia atualizada às 21h30 de Portugal continental)