Após o acidente aéreo em Moscovo, uma companhia regional russa cancelou a compra de dez Sukhoi Superjet 100.
Em Murmansk, no extremo norte da Rússia, o destino do avião que acabou por incendiar-se em Moscovo, erguem-se memoriais às quatro dezenas de mortos de um acidente ainda por explicar.
Um dos sobreviventes, o comandante do aparelho, garante que a causa das chamas é só uma: os depósitos estavam cheios e o choque contra a pista de aterragem foi demasiado intenso. Uma opinião partilhada por alguns especialistas, embora haja várias outras questões por responder.
"O avião abordou a pista com uma velocidade demasiado elevada e transportava muito combustível. O impacto foi muito violento. Os depósitos de combustível foram atingidos. Temos agora de tentar perceber como é que um avião tão pesado se estava a deslocar tão rapidamente e porque é que o impacto foi tão duro", afirma Alexey Samoletov, perito em aeronáutica.
As caixas negras já foram encontradas. Até que ponto a tempestade registada sobre a capital russa obrigou à aterragem de emergência no aeroporto de Sheremetyevo é outra das interrogações.
Muitas dúvidas surgem também sobre o aparelho em si, um Soukhoi Superjet 100, de fabrico russo, cuja fiabilidade já foi questionada algumas vezes. Uma companhia regional russa, a Yamal Airlines, cancelou mesmo a compra de 10 aviões.
Mesmo assim, Moscovo considera que não há motivos para suspender os voos com este modelo.