Bolsas abriram em alta ligeira na ressaca das eleições, em que forças eurocéticas tiveram ganhos de relevo, mas aquém das previsões iniciais.
Os mercados financeiros reagiram esta segunda-feira com tranquilidade ao desfecho das eleições europeias, que voltou a confirmar o Partido Popular Europeu como a força mais expressiva, apesar de ter registado perdas significativas.
Num sufrágio em que os partidos populistas e eurocéticos não atingiram a expressão que algumas sondagens indiciavam, as bolsas abriram, assim, no 'verde'.
O índice pan-europeu Stoxx 600 abriu a ganhar 0,4%, impulsionado também pela notícia de uma possível fusão no setor automóvel entre a Fiat-Chrysler e a Renault.
"Os mercados financeiros estão relaxados por enquanto. Os populistas de direita não são tão fortes, o que significa que a velha Europa, as facções pró-europeias no parlamento, estão mais fortes do que antes e isso ajuda", afirma Robert Halver, chefe de estudo de mercado dos alemães do Baader Bank.
"O que está claro, porém, é que - como já falei - agora os políticos têm de tomar o destino da Europa nas próprias mãos e começar a mostrar à China e aos Estados Unidos que a Europa pode seguir o próprio caminho", acrescentou.
O dia fica também marcado pelo feriado nos mercados britânico e americano, que contribuiu para uma menor negociação dos títulos.
Apesar da vitória de grupos eurocéticos no Reino Unido, em França e em Itália, o equilíbrio de forças no Parlamento Europeu não sofreu grandes alterações.