Depois da polémica Jonas Savimbi foi, finalmente, a enterrar na sua cidade natal, Lopitanga.
Familiares, Militantes da UNITA e simpatizantes testemunharam, este sábado, a concretização de um desejo do seu fundador.
Os restos mortais de Jonas Malheiro Savimbi repousam agora em Lopitanga.
Isaías Samakuva, presidente da UNITA, desvalorizou qualquer associação do ato à política, e considerou que é apenas o fim de um luto que já durava há 17 anos.
Samakuva justificou dizendo que "Quando as pessoas têm um funeral, independentemente do funeral, elas não ficam felizes. Quando o corpo desce à sua eterna residência, aí sim toda gente fica feliz"
Já o analista político e especialista em conflitos em África Dr. Piero Gleijeses, Professor de Política Externa Americana e da Escola de Estudos Internacionais Avançados da Universidade Johns Hopkins. considera que trata-se de um evento que passa ao lado da comunidade internacional, por se desconhecer a história de Angola. Disse ainda que "o líder fundador da UNITA, fez aliança com os portugueses, com os sul-africanos, com os americanos. Nunca esteve ao serviço dos outros. Estava a servir os seus próprios interesses."
"Os documentos norte-americanos não esclarecem se Carter, contra a lei norte-americana, estava a dar assistente a Savimbi no final dos anos 70. É o que dizem os agentes dos serviços secretos sul-africanos".
Para o historiador americano Gleijeses, "não há dúvidas quanto às violações de direitos humanos, Esta é uma coisa profundamente desonesta, porque é verdade que o MPLA era repressivo, mas o nível de repressão de Savimbi, o nível de crueldade de Savimbi, nas zonas que ele controlava, não tinha comparação".