Mais de 17 anos depois da morte do líder histórico da UNITA a polémica continua com troca de acusações entre a formação do galo negro e as autoridades angolanas.
Mais de 17 anos após a morte do líder histórico da UNITA a polémica continua. O Governo angolano depositou, terça-feira, os restos mortais de Jonas Savimbi numa unidade militar, no município do Andulo, província do Bié. O presidente da formação do Galo Negro, Isaías Samakuva, acusa as autoridades angolanas de decidirem tudo, de definirem o programa que levará ao enterro, agendado para sábado próximo, à revelia da família e do partido. Para além disso, não está a ser respeitado o que ficou acordado:
"Aquilo que ficou acordado foi que o corpo do Dr. Savimbi poderia ser trazido para o Quito na presença de todas partes que estiveram presentes na exumação. Mas não fomos informados sobre o que pretendiam fazer".
Já as autoridades angolanas acusam a direção da UNITA de impedir "os seus representantes" nas exéquias fúnebres "de estarem presentes no Andulo", para a receção dos restos mortais de Jonas Savimbi.
Savimbi foi morto em combate a 22 de fevereiro de 2002. Há anos que UNITA e familiares reivindicavam a transladação dos restos mortais.