Alemanha tenta acalmar a revolta do Irão

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Pressão colocada pelos Estados Unidos sobre Teerão está a criar uma situação "altamente explosiva" no Médio Oriente, considera o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros

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O Irão manifestou à Alemanha que se mantém disponível para continuar a respeitar o pacto nuclear de 2015, ainda com assinatura de Barack Obama, mas exige o fim do que apelida de "guerra comercial" imposta agora ao país pelos Estados Unidos, de Donald Trump, na forma de sanções e ameaças às empresas que não respeitem os embargos exigidos por Washington.

A pressão americana levou Teerão a admitir recentemente reverter parte do acordo nuclear, o que provocou "preocupação" na Agência Internacional da Energia Atómica, que apela ao "diálogo" para reduzir o escalar da tensão na região.

O momento é delicado e, por isso, a Alemanha enviou ao Irão o ministro dos Negócios Estrangeiros para tentar assegurar ao governo persa o compromisso europeu na defesa do acordo.

Ao lado de Heiko Maas, o chefe da diplomacia iraniana salientou o "objetivo comum" dos dois países: "Preservar o Plano de Ação Integral Conjunto e evitar a tensão e um eventual conflito no Médio Oriente."

Mohammad Javad Zarif espera garantir, "ao mesmo tempo, que o povo iraniano possa receber os benefícios previstos no acordo nuclear" de 2015 e que permitiram abrir a economia persa, nomeadamente, aos investimentos europeus.

Heiko Maas considera a situação atual no Médio Oriente "altamente explosiva" e sublinhou o compromisso alemão no pacto nuclear, conhecido internacionalmente pela sigla JCPOA.

"Pretendemos aplicar também a nossa obrigação contida no acordo. Não há milagres, mas faremos tudo o que estiver nas nossas mãos para evitarmos o colapso do pacto. Estamos, por exemplo, a trabalhar arduamente na operacionalização do instrumento de pagamento Instex", afirmou o ministro germânico.

Maas referia-se ao "instrumento de apoio às trocas comerciais" desenvolvido por Alemanha, França e Reino Unido para permitir às empresas europeias continuarem a negociar com o Irão apesar das sanções e das ameaças da administração Trump contra quem negociar com o governo iraniano.

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