Noruega revê lei do aborto

A Noruega prepara-se para dar um passo atrás nos direitos reprodutivos das mulheres. Pela primeira vez em 40 anos, o parlamento decidiu rever a política de interrupção voluntária da gravidez.
Uma maioria de 105 deputados, contra 64 parlamentares, aprovou um projeto-lei que vai restringir a realização de abortos seletivos com vários fetos, obrigando às gestantes apresentar razões alegadamente válidas.
Na prática, vai caber a uma comissão especial ter a última palavra sobre se cada mulher pode ou não interromper a gravidez por vontade própria, depois do primeiro aborto, atá à data, um direito exclusivo da mulher, nas primeiras 12 semanas de gestação.
A inclusão da medida, ainda não adotada, na reforma do governo, foi uma condição dos Democratas Cristãos para se coligarem ao executivo no início do ano.