Em causa as prospeções no Mar Egeu, dentro da Zona Económica Exclusiva de Chipre
A Grécia aplaude a decisão da União Europeia que admite tomar medidas contra a Turquia, se Ancara insistir em fazer prospeção de gás na Zona Económica Exclusiva de Chipre.
O assunto vai estar na agenda do próximo Conselho Europeu, depois de forte pressão dos executivos grego e cipriota.
Em entrevista à Euronews, o ministro grego dos Negócios Estrangeiros defende que "da mesma forma que as fronteiras de cada estado-membro são fronteiras da União Europeia, a Zona Económica Exclusiva de Chipre é uma também uma zona exclusiva da nossa União. Pedimos medidas concretas para travar esta atividade ilegal da Turquia."
Gregos e cipriotas juntaram-se na batalha diplomática pela defesa da Zona Económica Exclusiva no Mar Egeu e consideram a resposta de Bruxelas como uma vitória diplomática. ''Pela primeira vez teremos medidas concretas para tomar se a Turquia prosseguir estas provocações ilegais, por isso, tenho de dizer que considero que é uma mensagem muito boa para a Turquia," diz Georgios Katrougalos, acrescentando que "a Turquia tem de perceber que não ganha ao continuar com esta provocação. Perde capital diplomático muito importante e torna-se cada vez mais isolada na comunidade europeia. Espero que eles compreendam a mensagem e se controlem."
Na reacção, a Turquia rejeita as acusações. Numa declaração oficial, o ministro turco dos Negócios Estrangeiros descreve as reividicações da Grécia e de Chipre como extremistas.
Chipre e Turquia têm estado cada vez mais protetores das zonas onde se acredita existirem reservas de gás natural. Na semana passada, o presidente cipriota emitiu mandados de captura para a tripulação de um navio que estava a fazer prospeções acusando-os de violar a soberania territorial.