O presidente turco reagiu ao relatório da ONU sobre o assassínio do jornalista no consulado saudita em Istambul.
Jamal Khashoggi foi vítima de um crime premeditado e planeado pelo próprio príncipe herdeiro da Arábia Saudita. É a conclusão um relatório-choque da ONU que pede ao secretário-geral Guterres uma investigação internacional sobre a morte do jornalista saudita.
Khashoggi foi morto dentro do consulado saudita em Istambul. O presidente da Turquia, Recep Tayyp Erdoğan, foi um dos primeiros a reagir: "O relatório diz que os sauditas são culpados e sabiam disto. Diz também que a posição saudita sobre a Turquia está errada. Vão pagar por isso, vão ter de assumir as responsabilidades", disse o presidente turco.
O príncipe Mohammed Bin Salman continua aparentemente imune ao caso. Onze pessoas estão a ser julgadas na Arábia Saudita pela morte do jornalista. O país denuncia o relatório da ONU como tendencioso e insiste que o príncipe não sabia de nada.
Khashoggi, jornalista a viver nos Estados Unidos e crítico do regime saudita, foi visto pela última vez no dia 2 de outubro a entrar no consulado saudita na Turquia, onde foi tratar de documentos para o casamento que planeava com uma cidadã turca. Soube-se depois que não saiu vivo das instalações. Foi morto e desmembrado na representação diplomática.