Apesar da inexistência de acordo entre Moscovo e Kiev, ambas as partes consideraram as negociações com a União Europeia positivas e construtivas
Rússia e Ucrânia ainda não conseguiram chegar a acordo para a distribuição de gás mas as negociações mediadas por Bruxelas foram consideradas positivas por todos os intervenientes. Alexander Novak e Oleksiy Orzhel, ministros da energia dos dois países, comprometeram-se a prosseguir as negociações e a respeitar a lei europeia.
A Ucrânia comprometeu-se ainda a separar as atividades de produção e distribuição da empresa estatal de energia para respeitar as normas europeias, no entanto o processo dificilmente estará concluído a tempo. Nada que assuste os russos.
Alexander Novak, Ministro da Energia da Rússia, referiu que "caso a Ucrânia não seja capaz de adotar estas leis a tempo, estamos preparados para trabalhar com base no contrato antigo e assinar um contrato temporário com a Ucrânia durante o tempo que necessitarem para a implementação da lei europeia."
Já o seu homólogo ucraniano, Oleksiy Orzhel, admite que ainda existe um risco de não chegarem a acordo mas que estão a desenvolver esforços para assinar o acordo em concordância com a legislação europeia.
As infraestruturas ucranianas têm desempenhado um papel fundamental na distribuição do gás russo na Europa e constituem uma importante fonte de receitas para o país, mas a construção de dois gasodutos alternativos por parte de Moscovo promete limitar a importância de Kiev no mercado energético europeu. O contrato em vigor, assinado em 2009, termina no fim do ano.