Líderes de França, Holanda e Dinamarca bloquearam início do processo de adesão de macedónios e albaneses à União Europeia
O bloqueio por França, Dinamarca e Holanda ao início das conversações para a adesão da Macedónia do Norte e da Albânia à União Europeia foi recebido em Skopje com desilusão.
Com a perspetiva do tema poder ser revisto no Conselho Europeu de maio do próximo e inclusive com outro desfecho, o Presidente macedónio apelou à moderação nas reações a esta decisão dos líderes europeus.
"Infelizmente, o Conselho Europeu não foi ao encontro das nossas justificadas expectativas e certamente não agiu em linha com os anteriores anúncios da própria União Europeia. É claro que, neste momento, existe desapontamento do nosso lado, mas precisamos de colocar as nossas emoções de parte e enfrentar a realidade com moderação", afirmou Stevo Pendarovski.
Antigo membro do executivo macedónio como ministro dos Negócios Estrangeiros e atualmente professor de ciência política, Ljubomir Frčkoski mostrou-se crítico.
"Para a região, esta decisão vai enviar uma mensagem devastadora de que não é possível gerir a questão entre a Sérvia e o Kosovo, a Bósnia e o Kosovo em separado com este tipo de comportamento sem fundamento", afirmou o ex-ministro.
Este novo adiamento do sonho de adesão à União Europeia não foi uma grande surpresa nas ruas da capital macedónia.
"Certamente, é porque não estamos preparados e não cumprimos todos os critérios necessários", afirmou uma jovem.
"Não é uma grande surpresa. Sabemos onde estamos. Parece-me normal. Já esperávamos esta resposta independentemente da propaganda", afirmou um cidadão mais velho.
A presidente eleita da Comissão Europeia, a eleita Ursula von der Leyen, esteve no Conselho Europeu como convidada e deixou elogios aos progressos registados por Albânia e Macedónia do Norte.