Primeiro-ministro da Macedónia do Norte, Zoran Zaev, não perde o realismo e admite que a entrada no bloco comunitário não acontecerá "no imediato".
A Macedónia do Norte é um dos países presentes no Fórum dos Balcãs com a União Europeia (UE), que decorre nos próximos dias em Poznan, na Polónia.
Nas reuniões estarão também a Croácia e a Eslovénia - dois países da região que já fazem parte da UE -, e diversos estados-membros, como França, Itália, Alemanha e Áustria, além de representantes das instituições comunitárias.
Juntamente com Sérvia, Montenegro, Albânia, Bósnia-Herzegovina e Kosovo, a nação que mudou recentemente o nome espera vir a integrar o espaço comunitário. Em entrevista à euronews, o primeiro-ministro Zoran Zaev reiterou o objetivo de aderir à União, mas reconheceu que ainda há um longo caminho pela frente.
"Não há alternativa à integração total na União Europeia. Mas é sempre bom referir que não esperamos no imediato ser um estado membro da União Europeia", afirmou.
No entanto, a ambição de entrar no bloco europeu foi já refreada por Emmanuel Macron. O presidente francês afirmou em 2018 que era preciso "prudência" e considerou que a UE tem de 'arrumar a casa' antes de receber novos membros.
"O poder de atração da União Europeia tem de se manter. Porque essa é a única força motriz para reformas, para melhorar a qualidade de vida e ter mais Europa", acrescentou o governante macedónio.
Apesar das perspectivas incertas de alargamento, Zoran Zaev continua otimista de que a Macedónia do Norte conhecerá uma data para o início das negociações no Conselho Europeu de outubro.
No entanto, a oposição de direita já iniciou a campanha contra o governo de Zaev, criticando-o por assinar o acordo de Prespa para a mudança de nome do país sem ter uma garantia de que a Macedónia do Norte vai conseguir as negociações para a adesão.