Opositores de Morales contestam contagem de votos na Bolívia

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Na Bolívia, opositores de Evo Morales e observadores do processo eleitoral questionam transparência do Supremo Tribunal Eleitoral na contagem de votos.

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Da espera à violência, pouco tempo passou entre os bolivianos que aguardavam durante a noite pelo resultado definitivo das eleições presidenciais de domingo. Frente ao Supremo Tribunal Eleitoral (STE), em La Paz, centenas de pessoas aguardaram a recontagem dos votos em tom de protesto contra o que consideram ser uma fraude eleitoral.

Após uma paragem na contagem dos votos que durou 23 horas, os manifestantes acusam o STE de deixar de divulgar os resultados preliminares para dar uma vitória direta a Evo Morales, impedindo-o de enfrentar Carlos Mesa numa segunda volta.

"Esta manipulação está a bloquear uma segunda volta e nós queremos denunciá-lo. Quero afirmar aqui que, como candidato que vai à segunda volta com o senhor Morales, que estou a apelar à mobilização dos cidadãos, comités cívicos, partidos políticos e do Comité Nacional de Defesa da Democracia (Conade) para estarmos em todos os tribunais eleitorais locais e no Supremo Tribunal Eleitoral".

De acordo com o Supremo Tribunal Eleitoral, Evo Morales, está muito perto de assegurar o quarto mandato.

Para ganhar as eleições gerais, o atual presidente precisa de maioria absoluta, ou de ficar a 10 pontos percentuais, ou mais, de distância do principal opositor, Carlos Mesa.

No entanto, Para a Organização dos Estados Americanos (OEA), que está a observar o processo eleitoral, o STE não está a ser transparente.

"A missão da OEA manifesta a sua profunda inquietude e surpresa face à mudança radical e difícil de justificar, no que respeita à tendência dos resultados preliminares após o encerramento das urnas", declarou o chefe dos observadores da OEA, Manuel González.

O governo boliviano já exigiu que fossem apuradas responsabilidades depois dos distúrbios desta segunda-feira, em cidades como La Paz e Cochabamba, mas os opositores de Morales continuam nas ruas.

Em lugares como Sucre ou Tarija, vários cidadãos atearam fogo aos tribunais eleitorais locais.

Em La Paz, houve confrontos entre os apoiantes de Mesa e de Morales, que até ao momento, enquanto presidente em funções da Bolívia, não comentou os incidentes.

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