Parlamento Europeu critica "bloqueio" aos Balcãs

Parlamento Europeu critica "bloqueio" aos Balcãs
De  Isabel Marques da SilvaSandor Zsiros
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O Parlamento Europeu mostrou-se muito crítico do bloqueio, liderado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, à abertura oficial de negociações com a Macedónia do Norte e a Albânia com vista à sua entrada na União Europeia.

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O Parlamento Europeu mostrou-se muito crítico do bloqueio, liderado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, à abertura oficial de negociações com a Macedónia do Norte e a Albânia com vista à sua entrada na União Europeia.

França, com o apoio da Dinamarca e Holanda, exigiu um adiamento, apesar destes dois países da região dos Balcãs Ocidentais cumprirem os requisitos técnicos, segundo a Comissão Europeia.

"O Parlamento Europeu criticou fortemente a decisão e vamos adotar uma resolução que apela à abertura das negociações de adesão com esses dois países. O Parlamento Europeu defenderá e lutará pelos valores europeus", disse, à euronews, David McAllister, eurodeputado alemão de centro-direita que preside à comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros.

Antes da cimeira, Macron admitiu que o receio da imigração vinda destes países é uma preocupação para a França, acabando por respaldar o discurso dos populistas de extrema-direita, que estão contra o alargamento.

"O país que ocupa o primeiro lugar na lista de requerentes de asilo em França é a Albânia, com 7 mil pedidos. Há mais albaneses a pedirem asilo político em França do que sírios, iraquianos ou sudaneses. Portanto, há um problema. Se esses pedidos de asilo político são justificados, talvez seja melhor esperar até que possam entrar na União Europeia", disse Thierry Mariani, eurodeputado francês de extrema-direita.

Na realidade, perto de 10 mil albaneses pediram asilo político em França, no ano passado, mas esse número fica ligeiramente abaixo dos pedidos por parte de afegãos, que ocupam o primeiro lugar.

A resolução dos eurodeputados considera que os adiamentos põem em causa a credibilidade da União, sendo um "erro estratégico", que "poderia permitir que outros atores estrangeiros - cuja atividade pode não estar alinhada com os valores e interesses da UE - se envolvessem mais de perto".

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