Primeira-ministra da Sérvia teme "endurecimento" da UE

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De  Ricardo FigueiraSymela Touchtidou
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Para Ana Brnabić, o fecho da porta à Albânia e à Macedónia do Norte não é um bom sinal.

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A primeira-ministra da Sérvia, Ana Brnabić acredita que o "chumbo" de alguns Estados-membros da União europeia ao início das negociações com a Albânia e com a Macedónia do Norte vai atrasar o processo de adesão do país ao bloco.

A Sérvia tem o estatuto de candidato desde 2012 e está oficialmente em negociações desde o início de 2014.

"O processo é, muitas vezes, doloroso e frustrante. Depende dos desafios internos da União Europeia. Dizer que a Macedónia do Norte e a Albânia não podem começar as negociações significa, a meu ver, que da próxima vez que a UE decidir quantos capítulos abre sobre a Sérvia, vai ser muito conservadora, independentemente das reformas que estão a acontecer no país", disse à jornalista da euronews Symela Touchtidou.

Para a primeira-ministra de centro-direita, no lugar desde 2017, a aproximação da Sérvia à Rússia e à China, de que a assinatura do acordo de livre comércio com a União Económica Eurasiática é um exemplo, também não deve ser vista como um entrave à entrada do país na União Europeia.

"O importante, para nós, é ter parcerias em todo o mundo. É assim que vejo o acordo que assinámos em Moscovo com a União Económica Eurasiática. Não é algo que seja contra a adesão à União Europeia ou o nosso caminho nessa direção. Para mim, é complementar. A forma como se fala da influência da Rússia ou da China é exagerada. Somos criticados por causa do investimento chinês, mas se vermos bem, percebemos que 90 por cento dos investimentos chineses na Europa são feitos na Europa Ocidental", acrescentou.

A entrevista à Euronews foi dada por ocasião da cimeira Euro-Árabe, em Atenas.

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