Benjamin Netanyahu reeleito líder do Likud com 72% dos votos

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De  Euronews com Lusa
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Primeiro-ministro de Israel "ultrapassa" teste de liderança em pleno julgamento de acusações de corrupção e suborno

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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, foi hoje reeleito líder do Likud com 72% dos votos e deverá encabeçar a lista do partido nacionalista-conservador nas legislativas agendadas para 02 de março.

Netanyahu proclamou a vitória antes da contagem final, na qual mais de 41.792 eleitores optaram pela sua candidatura - apesar de ter sido acusado de corrupção -, contra os 15.885 obtidos por Guideon Saar, antigo deputado e ex-ministro da Educação e dos Assuntos Internos em governos de Netanyahu.

"Com a vossa ajuda e de Deus, levarei o Likud a uma grande vitória nas próximas eleições e continuarei a levar o Estado de Israel a conquistas sem precedentes", disse Netanyahu, uma hora após o fecho das urnas.

Pouco depois, Saar aceitou a derrota, depois de ter obtido apenas 27,5% do apoio dos militantes do partido.

"Estou feliz com a decisão que tomei. Foi a decisão certa. Aqueles que não estão dispostos a arriscar por aquilo em que acreditam nunca terão sucesso", afirmou Guideon Saar.

O atual chefe de Governo em exercício, que venceu as suas últimas primárias em 2014, enfrentou um oponente que conseguira uma corrente interna de dissidência.

Nentayahu parecia fragilizado, depois de não ter sido capaz de formar um Executivo após as eleições de abril e setembro, bem como pelo facto de ter sido acusado de suborno, fraude e abuso de confiança. Contudo, internamente, os resultados parecem ter desmentido essa perceção.

Fica ainda por esclarecer se a sua atual situação garante que possa regressar ao cargo de primeiro-ministro, uma vez que se levantam dúvidas legais se um réu pode receber o mandato para formar um Governo, algo sobre o qual o Supremo Tribunal Federal e o Procurador-Geral da República se irão pronunciar.

O primeiro-ministro foi acusado em novembro pelo Procurador-Geral, Avichai Mandelblit, de suborno, fraude e abuso de confiança em três casos de corrupção.

No dia 12 de dezembro, os advogados de Netanyahu anunciaram que o primeiro-ministro abandonava as pastas que acumulava no Executivo – Saúde, Agricultura e Diáspora –, mas que se manteria como chefe do Governo.

O anúncio aconteceu um dia depois dos deputados israelitas terem aprovado a dissolução do parlamento e convocado novas legislativas para 02 de março, as terceiras no período de um ano.

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