As exéquias fúnebres do general Soleimani terminaram em tragédia. Um tumulto, na sua cidade natal, fez dezenas de mortos e centenas de feridos.
Mais de 40 pessoas morreram, esta terça-feira, durante as cerimónias fúnebres do general iraniano Qassem Soleimani, em Kerman. Fonte da emergência médica adiantava ao canal público de televisão iranano esta informação, dando conta de 230 feridos.
A confusão instalou-se durante uma procissão fúnebre na sua cidade natal. Uma multidão exigia vingança e gritava "Morte à América", durante a homenagem ao general morto por um drone dos EUA, perto do aeroporto da capital iraquiana.
O centro de Kerman foi invadido por uma maré humana, semelhante à que varreu domingo e segunda-feira Teerão, a capital iraniana, e as outras cidades por onde passaram os caixões de Soleimani e dos seus companheiros de armas mortos durante o ataque.
Trata-se do segundo maior funeral da história da República Islâmica do Irão, desde a morte do aiatola Khomeini, em 1989.
Chefe da Força Quds, uma unidade de elite encarregada das operações no estrangeiro da Guarda Revolucionária do Irão, Soleimani foi o homem que definiu a estratégia do país no Médio Oriente.