A segurança de uma região fértil para os grupos terroristas domina o encontro.
Começa, na cidade francesa de Pau, uma cimeira à porta fechada do grupo G5-Sahel, constituído por cinco países do sul do Saara. Os líderes do Chade, Níger, Burkina-Faso, Mali e Mauritânia encontram-se com o presidente francês Emmanuel Macron e com os líderes da ONU, União Europeia e União Africana para discutir os desafios da região.
O grupo foi criado para promover a cooperação na economia e na segurança, mas é visto, sobretudo, como uma operação militar destinada a neutralizar revoltas nas antigas colónias francesas do norte de África. A grande extensão do deserto, o terreno difícil e a infraestrutura pobre dão um terreno fértil aos grupos terroristas.
Os exércitos destes países são ajudados por mais de quatro mil militares franceses. A operação Barkhane assegura o policiamento da região há cerca de uma década, mas grupos como a Al Qaeda e o Boko Haram continuam ativos.
Só no mês passado os líderes regionais pediram uma cimeira de emergência para reavaliar a situação, depois de 71 soldados do Níger terem sido mortos numa emboscada numa zona perto da fronteira com o Mali.
Macron fez várias visitas à região e fez questão em realçar cada pequena vitória, como em N'Djamena, em dezembro de 2018, quando felicitou as tropas da operação Barkhane pelo sucesso no enfraquecimento dos grupos radicais.
Mas a falta de progresso e o elevado custo em termos de vidas humanas causou grandes frustrações em Macron. Em maio do ano passado, decretou luto nacional pela morte de dois soldados das forças especiais que tentavam libertar reféns no Burkina Faso.
Permanece comprometido com o projeto e sabe que os efeitos são sentidos a milhares de quilómetros da linha da frente.