Primeiro-ministro francês destacou importância da ação militar contra os jihadistas, que classificou de "indispensável"
O minuto de silêncio observado no Senado e na Assembleia Nacional, em França, testemunha o choque provocado pelo maior número de baixas no Exército do país num único incidente nos últimos 36 anos.
Treze soldados franceses da força Barkhane perderam a vida esta segunda-feira, quando os helicópteros onde seguiam colidiram, durante uma operação noturna contra jihadistas no Mali.
A França tem mais de 4500 militares mobilizados em ações de contra insurgência no Sahel, onde a violência levada a cabo pela Al-Qaida e pelo grupo Estado Islâmico tem proliferado nos últimos anos.
O primeiro-ministro Edouard Philippe afirmou que a ação militar francesa no Mali não é "a única dimensão" do combate contra os jihadistas, mas é "indispensável":
"O uso das forças armadas é sempre político, sempre. Deve corresponder a objetivos fixados pelo poder político. Deve corresponder aos interesses de França, que são definidos pelos governos e pelo presidente da república. [...] É um longo combate e o aspeto militar não é a única dimensão."
A ministra da Defesa, Florence Parly, frisou por seu lado que "não é o momento de questionar os méritos da operação, mais sim um momento de luto".
A operação no Sahel constitui a intervenção militar de maior envergadura da França no estrangeiro e, até ao momento, custou a vida a 41 soldados.