Macedónia do Norte endurece combate à Covid-19

Macedónia do Norte endurece combate à Covid-19
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Macedónia do Norte cerra fileiras para limtiar o número de contágios por Covid-19 numa altura em que a doença dá sinais de escalar.

Apenas cães vadios e um pouco número de pessoas com permissão puderam ser vistas no último fim de semana nas ruas de Skopje, a capital da Macedónia do Norte. A maioria dos cidadãos passou os dias em suas casas depois de o governo decretar 52 horas de recolher obrigatório.

Esta decisão surge depois de uma escalada da pandemia de Covid-19 no país. Com os seus 2 milhões de cidadãos, a Macedónia do Norte registou 832 casos e 34 mortos.

O ministro da Saúde, Venko Filipce, médico, diz ter agido depois de várias consultas.

"Acredito, e vimos estas ações nos outros países, que estas medidas contribuem para baixar significativamente a curva de novos casos. Mesmo agora vimos um muito pequeno número de novos doentes e esperamos que este número continue a baixar com o tempo", declarou Filipce.

Um dos motivos de preocupação é a taxa de letalidade, cerca de 5%. O diretor do Departamento de Coordenação Nacional afirma estarem bastante surpresos com a agressividade do vírus.

"Este é um vírus específico que tem um papel corrosivo no corpo humano. Não ataca apenas os pulmões mas também vários outros sistemas com o sistema cardiovascular, os rins, o fígado. É uma doença de multissistema", revela Zarko Karadjovski.

A Macedónia do Norte está localizada no sudeste do continente onde as temperaturas estão a rondar os 20 graus, facto que muita gente espera ter um impacto na força epidémica, embora ainda pouco se saiba sobre a doença.

"Estamos a lidar com um vírus que ainda é muito desconhecido. Há muita pesquisa em curso. Assumimos que o bom tempo possa contribuir para limitar a sua força mas não podemos ter a certeza", acrescenta o ministro da Saúde.

O jornalista da Euronews, Borjan Jovanovski, diz que os epidemiologistas preveem que o pico vai ser alcançado no final do mês, com 2000 casos de Coronavirus. Como nação em desenvolvimento, o país tem apenas capacidade para internar cerca de 1000 casos e 75% leitos já estão ocupados, facto que dá às autoridades um sentido de urgência ainda maior.

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