Lei do Louisiana que restringia aborto rejeitada

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América rejeitou uma lei do estado do Louisiana que impunha restrições aos médicos que realizam os abortos.
Dezenas de pessoas celebraram, nas ruas, o fim da legislação que exigia que os profissionais de saúde pedissem permissão ao hospital mais próximo para prosseguirem com as cirurgias.
No Twitter, a antiga candidata presidencial Hillary Clinton referiu que a decisão do Supremo Tribunal a fez respirar melhor.
A decisão foi viabilizada após o juiz conservador John Roberts ter votado ao lado dos quatro juízes da ala progressista do Supremo Tribunal.
A ativista dos direitos reprodutivos, Nia Weeks, defende que, hoje em dia "as mulheres têm mais acesso para tomar uma decisão que elas sabem que terá o melhor impacto nas suas vidas e nas vidas que escolhem ou não trazer ao mundo".
Os movimentos antiaborto repudiam a decisão do Supremo. Para Mallory Quigley, da organização Susan B. Anthony List, "este é um dia infeliz para as mulheres do Louisiana e de todo o país que esperam um certo nível de cuidados quando entram para uma cirurgia. Certamente, uma cirurgia como o aborto tem sido manchada, desde o início, por médicos sem escrúpulos".
A decisão do Supremo Tribunal está a ser vista como uma derrota para o presidente norte-americano. Durante a campanha, em 2016, Donald Trump prometeu nomear juízes que iriam ilegalizar o aborto em todo o país.
Este continua a ser um dos temas mais fraturantes na sociedade norte-americana, com vários estados a imporem restrições à prática do aborto.