Profissionais da Saúde franceses nas ruas em protesto

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Milhares de profissionais de saúde franceses voltaram a sair às ruas para exigir mais do que o governo promete dar na revalorização e reforma do setor, num plano chamado "Segur de la Santé".

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A poucos dias do encerramento do debate público sobre as reformas no setor da Saúde em França, médicos, enfermeiros e outros profissionais saíram novamente às ruas para exigir mais do que os 6,3 mil milhões de euros que o governo promete avançar.

"Claro que existem enfermeiros, mas também temos agentes técnicos, administrativos, profissionais de lares da terceira idade. Penso que existem questões recorrentes desde há vários meses. Estivemos ao lado disso e fomos aplaudidos durante meses e agora parece que regressámos ao princípio", diz Phillipe Martinez, secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT).

O plano "Segur de la Santé", lançado em maio para estabelecer um programa de investimentos e revalorização, gerou expectativas mas para estes manifestantes não passou disso. 

"Não houve qualquer avanço significativo, algo que é difícil para população compreender, acho eu. Os milhares de milhões que nos foram propostos, para o governo melhorar os salários dos profissionais vão ser partilhados com os hospitais privados, que também sem dúvida precisam. Em todo o caso, isto corresponde quase à soma que nós tínhamos exigido para nos colocarmos mais ou menos próximos do nível dos países onde os enfermeiros dos hospitais públicos são mais mal pagos", explica Stephane Daugerm, cofundador do coletivo Inter-Hospital.

A contestação dos profissionais de saúde não ocorre apenas em França. Em Espanha, esta segunda-feira, cerca de 1000 médicos e enfermeiros manifestaram-se no centro de Madrid contra o que dizem ser a precariedade laboral e exigir material de proteção.

"Nós não somos heróis, somos apenas pessoas. Tínhamos medo mas íamos trabalhar porque era a nossa função. Tínhamos muito medo, tivemos que deixar as nossas famílias em casa para cuidar de outras pessoas. Também sofremos infeções, muitos colegas adoeceram. Quero protestar por não termos tido meios e por precisarmos, como sempre precisámos", diz Lucia Villarejo, enfermeira.

Mais de 52 mil profissionais de saúde espanhóis foram infetados com o coronavírus.

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