Governo bielorrusso bloqueia 50 sites de informação

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Direitos de autor Dmitri Lovetsky/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Ricardo Figueira
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Continua o braço-de-ferro entre o presidente Alexander Lukashenko e a oposição, apesar das tentativas de a silenciar.

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A ofensiva das autoridades bielorrussas contra os manifestantes continua, desta vez na Internet, com o bloqueio de cerca de 50 sites de meios de comunicação social internacionais que estão a cobrir os protestos. Mas isso não está a fazer calar a população, descontente com a reeleição do presidente Alexander Lukashenko, que acusam de fraude, para um sexto mandato.

Diz Irina, manifestante: "Somos muitos. É impossível calar toda a gente, despedir ou prender todos. Se prendem cem, amanhã há 200 a protestar. As pessoas já não aguentam, estamos no limite".

Se prendem 100, amanhã há 200 a protestar.
Irina
Manifestante

Lukashenko, no poder ininterruptamente desde 1994, diz que as manifestações são apenas uma manipulação por parte do ocidente. O presidente falou para algumas centenas de apoiantes na visita a exercícios militares perto das fronteiras com a Polónia e Lituânia.

É na Lituânia que está refugiada a candidata que liderou a oposição nas eleições, Sviatlana Tsikhanouskaya, apresentou um roteiro para o apaziguamento do país.

Diz: "O primeiro passo é a libertação dos presos políticos e, com a ajuda de um conselho coordenador, ter um diálogo que leve a novas eleições, transparentes e justas, para que o povo possa escolher os líderes que quiser".

As greves atingem fábricas por todo o país e os protestos também não dão tréguas. Centenas de mulheres formaram uma cadeia humana em Minsk. À noite, um outro protesto juntou cerca de três mil pessoas na capital.

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