Foi assim que o presidente bielorrusso, eleito par aum sexto mandato, reagiu aos últimos protestos.
Depois dos novos episódios de repressão, os opositores ao presidente Alexander Lukashenko, na Bielorrússia, não baixam os braços e concentraram-se perto da prisão onde estão detidos vários manifestantes e grevistas presos nos últimos dias.
Uma estudante diz que "está ali para rezar por aqueles que estão presos, por aqueles que saíram e por aqueles que foram vítimas de agressão por parte da polícia. É difícil acreditar que este tipo de coisas aconteceu nos anos 30 e 40 e está a repetir-se agora". Diz que espera que seja a última vez que isto acontece na história da Bielorrússia.
As autoridades da Bielorrússia estão decididas a não deixar os manifestantes e grevistas levar a melhor. Um dos líderes das greves que estão a afetar as principais fábricas do país foi detido, esta sexta-feira. Vários instigadores das manifestações têm agora de enfrentar um processo na justiça. Para Lukashenko, só ele pode garantir o futuro do país.
"Deus nos livre de este país falhar. Ficam sem trabalho e depois é a mim que vêm pedir. Não vou ficar aqui para sempre, sei isso melhor que vocês e às vezes penso em sair, mas depois sento-me e penso em vocês. O que vos vai acontecer se a oposição chegar ao poder? Vão ficar com tudo o que é vosso. O que vai acontecer convosco e com os vossos filhos?"
Em Brest, no oeste do país, foram os apoiantes do presidente a organizar a manifestação. A Bielorrússia está a viver as tensões mais graves desde a independência depois de Lukashenko, que governa o país há mais de 25 anos, ter sido eleito para um sexto mandato.