Greves e manifestações apertam cerco a Lukashenko

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De  Ricardo Figueira
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Cresce a pressão das ruas para a demissão do presidente bielorrusso, reeleito para um sexto mandato.

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À porta da prisão em Minsk onde o opositor Siarhei Tsikhanouski passou o dia de aniversário, a multidão pede a liberdade. Nas fábricas, na televisão estatal, no Teatro Nacional e locais por toda a Bielorrússia continuam as greves para pressionar o presidente reeleito Alexander Lukashenko a deixar o poder, depois das eleições presidenciais que consideram fraudulentas e lhe deram um sexto mandato.

Com a TV em greve, um estúdio vazio é o que os bielorrussos veem à hora do telejornal.

Sviatlana Tsikhanouskaya, candidata derrotada e mulher de Siarhei, deixou uma mensagem de alento: "Esta flagrante injustiça e impunidade mostram como funciona o sistema decadente que permite a uma pessoa controlar tudo. Ele e outros estão na cadeia. Mas pede que não fiquem sentados e façam tudo para poderem viver neste país para o resto da vida".

Na visita a uma fábrica, Lukashenko minimizou as greves, que diz serem insignificantes. Diz-se pronto a repetir as eleições, mas só depois de ver aprovada, em referendo, uma proposta de revisão constitucional com que pretende ganhar tempo face à oposição.

A pressão aumenta também da parte da comunidade internacional e de governos como o da Alemanha face àquela que é considerada a última ditadura da Europa. Os protestos duram há nove dias. A repressão causou já pelo menos duas mortes e cerca de 7000 detenções.

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