Nicolás Maduro quer dar provas de boa vontade, mas oposição mantém boicote às eleições de dezembro.
Foi num ambiente de festa que os primeiros opositores ao regime de Nicolás Maduro foram recebidos pela família à saída da prisão, depois desta decisão do governo venezuelano de libertar 110 deputados e figuras próximas do líder da oposição Juan Guaidó.
O governo de Maduro quer que a oposição veja neste ato um gesto de boa vontade e reconciliação.
O ministro da comunicação, Jorge Rodríguez, diz que "a intenção do executivo é aprofundar o processo de reconciliação e união nacional, para que os assuntos políticos sejam resolvidos por via pacífica e democrática".
O indulto foi concedido como parte do acordo entre o governo e a oposição antes das eleições legislativas marcadas para o dia 6 de dezembro. Entre os presos libertados, estão o assistente de Guaidó Roberto Marrero e os deputados Gilber Caro e Renzo Prieto. No entanto, Guaidó mantém o boicote às eleições. O indulto não inclui alguns dos principais nomes.
Isto poucos dias depois do deputado da oposição Juan Requesens ter passado a prisão domiciliária, depois de 752 dias preso, por alegadamente ter participado numa conspiração para assassinar o presidente Nicolás Maduro.