Espanha testa em humanos potencial vacina da Covid-19

Espanha testa em humanos potencial vacina da Covid-19
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De  Jaime Velazquez com Ricardo Borges de Carvalho
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Hospital de La Paz, em Madrid, começa a administrar a vacina na próxima semana, incluindo a pessoas com mais de 65 anos, os mais vulneráveis à doença

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O hospital de La Paz, em Madrid, vai começar a testar uma vacina experimental contra a Covid-19.

A Johnson & Johnson quer verificar a sua eficácia num dos epicentros da epidemia na Europa. As primeiras doses vão ser administradas na próxima semana, incluindo a doentes com mais de 65 anos, os mais vulneráveis ao vírus.

O coordenador da investigação no hospital de La Paz, Alberto Borobia, explica que "há muitos voluntários com mais de 65 anos, vulneráveis, que foram encorajados a participar neste ensaio e receber uma potencial vacina para assim estarem protegidos neste inverno."

Ainda há um longo caminho a percorrer até a vacina estar disponível ao público, mas o estudo pode fornecer informações úteis sobre como proteger a população espanhola, que a Covid-19 parece ter atingido de forma particularmente dura.

"O facto de se ter informação sobre a população do nosso país vai ser muito importante quando se analisar os dados, para se saber se as vacinas são realmente eficazes e o seu comportamento", acrescenta Alberto Borobia.Estão em desenvolvimento cerca de 140 vacinas em todo o mundo. Trinta já foram testadas em humanos, mas os peritos acreditam que não mais de dez serão eficazes contra a Covid-19. Normalmente demora anos a desenvolver uma vacina segura, mas neste caso poderão estar prontas já em 2021.

Uma dessas vacinas é a do Laboratório Astrazeneca, que já fez ensaios na cidade britânica de Oxford. O enfermeiro Joan Pons decidiu voluntariar-se para os testes após ver o impacto da Covid-19 no corpo humano, enquanto trabalhava na sua unidade de cuidados intensivos.

"Em casos muito excecionais pode provocar um choque anafilático e levar à morte. O meu coração gelou quando assinei aquele papel, mas pensei, qual é a alternativa? Se não houver voluntários, não há vacina, e se não houver vacina o vírus permanecerá entre nós, e disse: Não, o coronavírus tem de acabar, de uma maneira ou de outra", justifica Pons.

Enquanto os investigadores lutam contra o relógio para encontrar uma vacina segura contra a Covid-19, o vírus continua a avançar de forma imparável na Europa. E até haver vacina, as pessoas terão de se defender e lutar com as mesmas armas que em março.

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