Os chefes da diplomacia da UE decidem sobre a aplicação de sanções a dezenas de figuras do regime de Lukashenko.
Enquanto os chefes da diplomacia dos Estados-membros da União Europeia discutem a possibilidade de aplicar sanções a várias dezenas de figuras da Bielorrússia, incluindo o presidente Alexander Lukashenko, a candidata presidencial derrotada Sviatlana Tsikhanouskaya foi a Bruxelas influenciar o debate. Exilada na Lituânia, com o marido, também candidato da oposição, preso em Minsk, Tsikhanouskaya tem-se evidenciado como figura cimeira da oposição.
Na conferência que deu, disse que as sanções são importantes para esta luta, uma vez que são o ponto de pressão necessário para que as autoridades do país comecem a dialogar com a oposição.
O representante máximo da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, nega que estas sanções ou outras formas de pressão sejam uma interferência nos assuntos internos da Bielorrússia.
Disse Borrell: Quero sublinhar que apoiamos o diálogo nacional inclusivo e o direito do povo bielorrusso a eleições livres e justas. Isso não pode ser encarado como uma interferência nos assuntos internos, porque a democracia e os direitos humanos estão no coração da identidade da União Europeia.
Alexander Lukashenko, presidente ininterrupto da Bielorrússia desde 1994, foi reeleito para um sexto mandato numas eleições que a oposição acusa de fraudulentas, o que desencadeou a maior onda de manifestações que o país conheceu desde a independência. O país é considerado a última ditadura da Europa.