Máxima instância espanhola considera que estafetas que trabalham para plataformas digitais como a Glovo e a Deliveroo não são trabalhadores independentes
O Supremo Tribunal em Espanha deu um duro golpe no modelo de funcionamento de plataformas digitais de entrega de refeições ao domicílio, como a espanhola Glovo ou a britânica Deliveroo.
Depois de estudar a queixa de um estafeta, a máxima instância concluiu que a Glovo "não é uma simples intermediária na contratação de serviços entre comércios e distribuidores".
O Supremo Tribunal espanhol considera que a relação que existe entre um estafeta e a Glovo tem uma "natureza laboral" e que a plataforma digital "é uma empresa que presta serviços de entrega fixando as condições essenciais para a prestação desse serviço", "recorrendo a estafetas que não dispõem de uma organização empresarial própria e autónoma, que prestam assim o serviço inseridos na organização de trabalho do empregador".
Para empresas como a Glovo e a Deliveroo, a inclusão dos estafetas como empregados - e não trabalhadores independentes - significaria um grande buraco nas suas contas.