Suíços votam para manter livre circulação com a UE

Os suíços votaram a favor de manter a livre circulação de pessoas com a União Europeia, rejeitando em referendo, com quase 62% dos votos, a proposta conservadora da União Democrática do Centro, que pretendia pôr fim ao acordo assinado em 1999 por Berna e Bruxelas e que está em vigor desde 2002.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia:"Este voto reforça um dos pilares da nossa relação: a liberdade mútua de movimentos, de viver e de trabalhar na Suíça e na União Europeia. Vejo-o como um sinal positivo para continuar a consolidar e aprofundar a nossa relação."
A UDC, que detém 25% dos assentos no parlamento, pretendia pôr fim ao acordo com a União Europeia por considerar que tem prejudicado os trabalhadores suíços de maior idade a favor de imigrantes jovens provenientes do território comunitário.
O partido encontrava-se, no entanto, isolado face às restantes formações, que lembravam que o pacto está vinculado com outros acordos em matéria de agricultura, comércio e transportes, entre outros.
Marco Chiesa, presidente da União Democrática do Centro:"Defendemos os nossos valores. A imigração sempre foi uma questão na Suíça. Não queremos ter 'dez milhões de habitantes na Suíça'."
Cerca de 1,4 milhões de cidadãos da União Europeia vivem atualmente em território suíço e 450.000 suíços vivem no território comunitário. Todos os dias, cerca de 320.000 cidadãos europeus atravessam a fronteira para trabalhar na Suíça.