Produtores de champanhe apostam no fim do ano

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De  Joao Duarte Ferreira
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Esta ano, as vendas de champanhe cairam 25% entre janeiro e julho

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Nada simboliza o espírito de festa melhor do que o champanhe, mas o som das rolhas a saltarem ouve-se cada vez menos em França.

Entre janeiro e julho, as vendas cairam cerca de 25% em comparação com o ano anterior. Foi a consequência das restrições impostas sobre os ajuntamentos e ocasiões sociais, alturas em que o champanhe é normalmente consumido em quantidade.

Com o fim do ano à vista, alguns produtores mantêm viva a esperança, ainda que não tenham ilusões.

"Vamos ter menos vendas, é inevitável. Há vendas que se perderam e que não serão recuperadas até ao final do ano. Tudo vai depender do fim do ano, saber se as vendas recomeçaram. Para os franceses é sem dúvida, a bebida essencial das celebrações do fim do ano" diz o vitivinicultor francês Antoine Chiquet.

Com a queda nas vendas aumentaram os stocks de champagne. Milhões de garrafas permanecem nas caves e este excesso de stock também exerce pressão sobre os preços.

A fim de controlar essa pressão, os profissionais do setor concordaram em reduzir a quantidade de uvas recolhidas e assim reduzir a produção.

"Fou uma decisão difícil algo que teve que ser tomado em conjunto no interesse e para o futuro do Champagne, reduzir a colheita a 8 mil quilos por hectare. Este ano a natureza não nos deu muito acima deste valor, acabámos por desperdiçar algumas uvas mas não muitas", adianta Florent Roques-Boizel, presidente-executivo da Boizel (Grupo Lanson).

Produto de luxo procurado por todo o mundo, o champanhe serve também de barómetro do estado do mundo,

Antes da pandemia, a crise financeira e a Guerra do Golfo levaram igualmente à queda nas vendas.

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