Autoridades francesas multiplicam operações contra islamismo radical na sequência do assassinato de Samuel Paty
O Parlamento Europeu observou um minuto de silêncio em homenagem ao professor de história e geografia Samuel Paty, decapitado na sexta-feira na região de Paris por um jovem islamita radical.
Em França, prosseguem as investigações e a morte de Paty levou o governo a lançar dezenas de operações visando indivíduos ou organizações com ligações identificadas com o extremismo islâmico.
O ministro do Interior, Gérald Darmanin, ordenou nomeadamente o fecho de uma mesquita que divulgou no Facebook um vídeo denunciando as aulas nas quais Paty mostrou e debateu as caricaturas de Maomé.
Em relação ao crime, há 15 pessoas detidas, quatro das quais estudantes na escola onde Paty dava aulas.
O governo diz que as operações policiais em curso pretendem nomeadamente mostrar "aos inimigos do público que não terão um minuto de descanso".
Gérald Darmanin, ministro francês do Interior:"Esta segunda-feira houve 34 operações lançadas pela polícia. Não posso dizer mais, poderão segui os casos nos próximos dias. Mas preciso de dizer que o objetivo destas operações policiais é garantir que o medo muda de campo."
Na escola de Conflans-Saint-Honorine, onde Paty dava aulas, muitos alunos ainda estão sob o choque face ao assassinato brutal, cometudo por um jovem de 18 anos de origem chechena, rapidamente morto a tiro pela polícia a poucas centenas de metros do local onde o professor morreu.