Ataque desta quinta-feira abriu velhas feridas na cidade
Em Nice, continuam os tributos às vítimas do ataque desta quinta-feira. Na cidade, o luto está a transformar-se, lentamente, num pedido de justiça
Para o padre Boghossian Khatchadour, é preciso punir os culpados com firmeza porque “de cada vez que perdoamos, eles fazem-no novamente, cada vez mais e não só em França".
Depois do ataque, o governo francês anunciou uma ação imediata. O Conselho de Defesa decidiu aumentar as medidas de vigilância. O ministro do interior sublinhou que 3.500 guardas nacionais em reserva serão convocados, a partir de segunda-feira, e que outros 3.500 polícias e guardas móveis estarão à disposição dos autarcas.
O choque e a profunda tristeza são familiares para os habitantes de Nice. Ninguém esquece o dia 14 de julho, há quatro anos, quando 86 pessoas foram mortas no ataque mais mortífero que a cidade alguma vez testemunhou.
Thierry Vimal perdeu a filha no ataque. Diz que é preciso “perspetiva” e agir sem o efeito da emoção ou da raiva.
Na mesma altura em que começa um novo confinamento para travar a pandemia, França aumenta o sistema de alerta de segurança para o nível mais elevado e anuncia um reforço da luta contra o terrorismo.