Um dia depois da revelação dos resultados das eleições presidenciais nos EUA, Joe Biden e Donald Trump voltaram às rotinas. O democrata promete luta cerrada contra a covid-19 e o republicano contestar até ao fim o desfecho eleitoral.
Um dia depois de ter mudado o curso da história dos Estados Unidos, Joe Biden voltou às rotinas de domingo. O agora presidente eleito norte-americano é o segundo católico no país e foi na missa e numa visita às campas da família que começou o dia seguinte à vitória.
No entanto, uma mais que provável conturbada transição de poder avizinha-se e Biden está já a trabalhar para assumir a chefia de Estado.
Ao lado de Kamala Harris, o futuro presidente prepara um dos dossiês mais urgentes nos Estados Unidos, o da pandemia de covid-19.
"O nosso trabalho começa com o controlo da Covid. Na segunda-feira nomearei um grupo de notáveis cientistas e peritos como conselheiros para a transição que vão ajudar a pegar no plano Biden-Harris para a Covid e convertê-lo num plano real com início a 20 de Janeiro de 2021", afirmou Joe Biden no discurso de vitória.
Novos focos de contágio e máximos diários acima dos 130 mil casos de infeção são o grande desafio de Biden, que agora se prepara para reverter a retórica e as práticas do antecessor.
A promoção do uso de máscaras, o reforço das cadeias de abastecimento sanitário e a chegada a uma vacina são algumas das medidas previstas.
Joe Biden tem pela frente um desafio difícil, dificultado pelo legado de Donald Trump, mas também pela resistência do ainda presidente em aceitar a derrota e facilitar a transição de poder.
Para Trump, houve fraude nas contagens e "é impossível imaginar que Biden ou Obama tenham ganho em alguns dos estados" onde venceram.
Tal como o adversário democrata, também o ainda presidente voltou à rotina, tendo optado por ir jogar golfe e publicar no Twitter, no dia a seguir à derrota.
Após ter denunciado alegadas fraudes no processo eleitoral, foi nesta rede social que Trump questionou o papel dos média na divulgação dos resultados das presidenciais.
Nuns Estados Unidos ainda muito divididos, muitos dos apoiantes de Trump comportaram-se à semelhança do líder republicano e mantiveram-se em negação.
No entanto, a partir de janeiro, começa um novo ano e, ao que tudo indica, uma nova página na história dos Estados Unidos da América.