Repressão a tiro de manifestação feminina custa demissão em Cancún

Duas participantes no protesto de segunda-feira à noite em Cancún
Duas participantes no protesto de segunda-feira à noite em Cancún Direitos de autor Elizabeth RUIZ / AFP
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De  Francisco Marques
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Pelo menos dois jornalistas que faziam a cobertura do protesto ficaram feridos. As críticas contra as autoridades cresceram e tiveram resultados

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Pelo menos dois jornalistas foram feridos a tiro quando faziam a cobertura de uma manifestação na segunda-feira à noite em Cancún, no México.

Largas centenas de manifestantes, sobretudo mulheres, protestavam junto ao Palácio do Governo, na conhecida estância turística do estado de Quintana Roo, contra o recente femicídio de duas mulheres, incluindo o de uma jovem local, de 20 anos, conhecida como "Alexis".

Perante a crescente agressividade dos manifestantes, a polícia recorreu a armas de fogo.

A ação policial gerou muitas críticas e pedidos de destituição contra o secretário de segurança pública de Quintana Roo, onde se integra Cancún.

Os agentes envolvidos na ação de repressão a tiro foram retirados do serviço e colocados de baixa, nomeadamente o chefe da polícia municipal que terá dado a ordem para disparar.

Uma investigação ao caso foi aberta e os pedidos de destituição tiveram eco, com o governador Carlos Joaquin a revelar pela internet ter aceitado a demissão de Alberto Capella, o visado.

O governante condenou ainda a violência contra as mulheres, que esteve na base da manifestação e que tem sido um dos grandes problemas criminais no México, onde as estatísticas sugerem que por dia são assassinadas uma média de 10 mulheres.

Outras fontes • El Universal, La Verdad, El Sol de Mexico

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