Estudantes italianos protestam contra ensino remoto

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De  Joao Duarte Ferreira
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Jovens estudantes exigem mais investimento em educação e denunciam falhas do ensino à distância

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No exterior do Liceu Pilo Albertelli em Roma vários jovens reuniram-se para darem voz a algo que os preocupa.

Todos eles denunciam a realidade do ensino à distância. Estes jovens consideram-se futuros líderes e acusam o governo italiano de não estar a fazer o suficiente para proteger as escolas.

"A razão porque não estamos na escola e temos que ficar de fora a aprender remotamente é porque não existe espaço suficiente, as salas de aula são demasiado pequenas e não existe forma segura de regressar à escola. Isto é um problema enorme porque assim se evitam os investimentos na escola, não são prioridade, significa que não existe visão de longo prazo e não se compreende o futuro. Porque nós somos o futuro deste país", afirma a estudante Valeria Cigliana.

Tal como no movimento das greves pelo clima os jovens partilham a ideia de que eles têm o poder para mudar as coisas.

A repórter da euronews, Giorgia Orlandi, adianta:

"São momentos como este que os estudantes mais sentem falta, a possibilidade de falarem uns com os outros ou simplesmente conviverem. Isto é cada vez mais a nova batalha dos estudantes numa altura em que os professores não aderiram aos protestos recentes. Os estudantes criticam os professores e dizem que eles não compreendem o que significa não poder ir à escola".

Outros estão preocupados com a quantidade de trabalho perdido devido à falta de ensino presencial.

"Sinto que temos imensas falhas na aprendizagem, eu incluída. Achoq ue não é justo, e é uma desvantagem não apenas para os estudantes mas para os professores também" acusa a estudante Elisa Fiorentino.

Numa outra escola situada nas proximidades, o liceu científico Plinio Seniore, um outro grupo de estudantes está a ter lições no exterior pelas mesmas razões.

"Estamos conscientes de que não podemos ter lições em pessoa mas também sabemos que o governo não investiu o suficiente no ensino à distância da forma mais correta. A educação tem que estar no centro da agenda polítca. Existe dinheiro do fundo de recuperação, têm que gastá-lo nisto", reclama Simone Giglio, estudante deste liceu.

Ao contrário de outros países europeus que já afastaram a hipótese de encerrarem as escolas optando por medidas mais apertadas, em Itália ainda não é claro como é que o governo vai lidar com esta questão.

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