O governo italiano está a trabalhar numa grande campanha de vacinação para começar em janeiro, mas a população ainda têm muitas dúvidas.
O governo italiano está a trabalhar numa grande campanha de vacinação que, se tudo correr como previsto, será lançada em janeiro de 2021.
Mas a questão não é consensual. A vacina não será obrigatória e as pessoas estão ainda a tentar assimilar toda a informação disponível, que para já não é muita, antes de tomarem uma decisão. A euronews entrevistou várias pessoas nas ruas e há quem diga que ainda está a tentar _"_entender as diferenças" entre cada vacina, o que faz com que não seja claro qual se deva tomar.
"Se não for obrigatória não vou tomá-la de imediato", dizia uma italiana ouvida também pela euronews, acrescentando que ainda que entenda o crucial papel que as vacinas desempenharam, no passado, no combate às doenças, parece-lhe mais "sensato esperar", diz-se preocupada com o seu "sistema imunitário".
Já uma jovens diz-se mais pragmática: "sim, vou tomá-la, acho que as gerações mais jovens tendem a ser mais racionais em relação aos idosos que parecem ser bastante conservadores. Todos os meus amigos querem tomá-la", afirma.
De acordo com o plano definido pelo governo os trabalhadores de Saúde e os grupos de risco serão os primeiros a ser vacinados e será criado um boletim de vacinas específico para permitir aos italianos moverem-se dentro e fora do país.
A maioria das pessoas ouvidas preferiam ter uma vacina italiana do que uma de outro país europeu ou americana. Mas há outras questões mais prementes e os especialistas são cuidadosos.
A responsável por uma das primeiras equipas de virologistas da Europa a isolar a sequência de ADN do vírus, Maria Rosaria Capobianchi, diz que a vacina sozinha que fará a diferença, ela não é o único produto disponível, "esperamos oferecer tratamentos também. Mas a ferramenta principal é o comportamento de cada um. Está provado ser uma medida muito eficaz para conter a propagação do vírus", esclarece.
Os especialistas advertem que é ainda muito cedo para dizer quanto tempo levará para o regresso total à normalidade. Numa primeira fase, as vacinas poderão não ser suficientes para acabar com o uso de máscaras ou o respeito pelo distanciamento social.