Recusada extradição de Julian Assange

O pedido de extradição de Julian Assange para os Estados Unidos foi recusado. O estado de saúde mental do fundador do Wikileaks levantou preocupações o que levou a juíza britânica, Vanessa Baraitser, a tomar esta decisão - alegando que se fosse detido e submetido às condições das prisões norte-americanas acabaria, provavelmente, por cometer suicídio.
No entanto, rejeitou as alegações que Assange é vítima de perseguição política e que não teria um julgamento justo nos Estados Unidos.
John Rees, escritor e ativista do movimento contra a extradição de Assange, apelou à celebração do facto do sistema prisional norte-americano ser tão mau que nem mesmo a juíza o envia para lá - lamentando que a justiça tenha chegado a este ponto. A companheira de Julian Assange apelou a Donald Trump para colocar um fim à situação.
As autoridades dos Estados Unidos anunciaram que vão recorrer da decisão. O australiano, de 49 anos, enfrenta 17 acusações de espionagem e uma acusação de invasão informática devido à publicação de documentos classificados na plataforma WikiLeaks.
Os problemas legais de Assange arrastam-se há dez anos, altura em que detido em Londres.